De um conto a outro
Autobiografia não autorizada, mas divulgada pelo próprio dono...
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quarta-feira, 7 de abril de 2021
O prazer de fazer o que se quer fazer.
O sabor das coisas.
Na manhã de domingo me levanto para fazer bruaca cearense.
Hoje, no caminho para o trabalho, observei.
O tempo passa, mas só notamos com supetões.
Acordamos e não vemos aquela pequena diferença no rosto da noite mal dormida, da festa alongada com doses de cerveja, dos sorrisos em círculos de amizade, do cansaço do dia anterior, do sexo extenuante ou da frustração de não ter se garantido como se queria, da preocupação com a conta por pagar, ou da que vai vir, simplesmente não notamos.
A liberdade em pequenos atos. Viva!
Relatei aqui o meu hábito matinal de fazer café e a liturgia que sigo, mas há mais no dia a dia e o pós café, ou pós refeições tem um efeito especial. Logo após as refeições me responsabilizei por lavar os talheres de casa. Sou bom nisso, mas não sou bom em arrumar posteriormente, e o arrumar fica para minha querida. De qualquer forma, venho observando o ato em si, a profundidade dele e o quanto ele me enche de sensações.
Boas memórias 1....
Em isolamento social e a memória é ativada com lembranças da infância, adolescência, etc e coisa e tal.
Lembranças boas no tempo de isolamento social.
Falei há um tempo de um ator da minha novela pessoal, o Sr. Deleca (Wanderlei). Aquela época tínhamos felicidades em gotas: a chegada da mãe com um doce ou com alguns trocados para irmos a bodega comprar um doce zorro, um embaré ou outro quitute; o compartilhamento da mistura no almoço ou jantar; a corrida na rua sem preocupação com carros em velocidade desproporcional ao civilizado; os cheiros de bruaca no final da tarde; o avanço na tentativa de escalar uma árvore; e uns sem números de coisas e brinquedos substituídos por pais que põem os filhos em brinquedos que brincam só, não sei se por desleixo, por medo ou por mudança do mundo mesmo.