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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cerveja, pãozinho francês e o guarda

Em conversa acalorada a cerca de calorias extras provenientes da ingestão de cervejas eu e um amigo chegamos a conclusão que cada copo de cerveja era equivalente a dois pãozinhos carioquinha vulgo pão francês... Notamos naquela conversa que havíamos degustado naquele conversa de mais ou menos quatro pão francês cada, ou seja, havíamos bebido uma garrafa da cerva... Pouquíssimo, mas era só para conversar miolo de pote.

Como a conversa foi longa, a bebida não era o principal coisa do dia e tínhamos que resolver dos afazeres domésticos, então decidimos finalizar a conversa e marcar outra degustação de pães e então partirmos ao encontro de nossas famílias. Eu para um lado, ele para o outro...

Eu, sortudo como sou, me deparei na primeira esquina que dobrei com uma blitz e pensei cá comigo: Me ferrei!!! Quatro pães devem acusar no bafômetro. Parei na blitz, e culpa como era, disse ao guarda... Fazer o que doutor, eu tomei umas... Ele olha prepara o bafômetro já sorridente e diz, mas então vamos ao teste... Olho para o teste e fico feliz: Não acusava nada... Eu era culpado sim, mas creio que ao longo da conversa, bebendo vagarosamente de duas uma ou a bebida era ruim e não pegou ou então diluiu rapidamente,mas vale também uma terceira hipótese onde a adrenalina da minha primeira blitz teria expelido todo o álcool instantaneamente.

Enfim, feliz da vida, chego ao guarda e digo, é infelizmente não foi acima do permitido... Ele ri e me solta a frase que ecoa nos meus ouvidos até hoje:

Você não veio errado por que não quis, de qualquer forma nós temos que nos acertar...

Olha para o lado, para o outro, ninguém por perto... Penso um pouco e digo:

me prenda então?

Ele então diz, dessa vez passa dr... Mas fica registrado você não vem errado se não quiser, mas se vier certo teremos que ter o acerto de qualquer forma e da próxima será em dobro...

Ando evitando as padarias por questões de saúde, mas tenho certeza que aquele guarda já ganhou muito dinheiro a base do pão de cada dia dos brasileiros...

domingo, 20 de outubro de 2013

Perdendo medo de vôo.

Viajar de avião tira de nós a possibilidade de conhecermos a paisagem e de irmos nos adaptando ao destino. Lembro-me de um amigo que disse sua filha ao viajar de São Paulo a Iguatu em dois momentos distintos tomou um susto, pois na primeira foi em primeiro de seca e na segunda de chuva... No segundo momento chegou ela para o amigo que havia ido pegá-la no aeroporto e disse que ele estava enganando ela... que não estava levando para casa do pai, pois o pai morava em um lugar seco... caso fosse em uma viagem terrestre ela teria curtido a mudança de paisagem e teria constatado, sem muito constrangimento, que o sertão do Ceará tem duas facetas que são opostas e que ambas apresentam belezas particulares. Enfim, tal história me faz lembrar de seu pai quando o conheci:

Tratava-se de um vôo Brasília-Fortaleza da saudosa BRA... Praticamente um pau-de-arara aéreo acessível a todo mundo, inclusive a mim. Entro no vôo e do meu lado senta ele, o Sr. Francisco. Nervoso como estava ele começa a falar destrambelhadamente e me diz a frase que não me fez esquecer o vôo: 

- Meu filho... Eu preferia pegar uma onça pelo rabo do que este vôo, mas minha filha disse que era seguro, então eu vim.

Como não era meu primeiro vôo eu não me abalei, apenas balancei a cabeça positivamente

Ele continuou a falar e eu a escutar, então o avião decola e ele de pronto se agarra com sua valise de mão. Me olha e repete:

- Eu preferia pegar uma onça pelo rabo do que este vôo, mas minha filha disse que era seguro, então eu vim.

A aeromoça anuncia o momento da refeição todos abaixam as bandejas de frente da poltrona e ele continua agarrado com a valise. A atendente entrega a todos as refeições, mas ele, sem baixar a bandeja e agarrado com a valise, ficou sem refeição... No meio da parada ele chama a aeromoça e pergunta:

- Minha filha... Você tem raiva de mim?

Ela pergunta: porque?

Ele diz: você entregou comida para todos os outros de graça e para mim, nada...

Ela o explica que como ele não havia baixado a bandeja, então não poderia receber a refeição e ele de pronto baixa a mesinha e diz: 

- Pronto dra. pode trazer a comida. 

Ela trouxe e ele devorou aquilo e pediu para repetir, comeu como um frade. Logo em seguida teve um baque, pois o avião entrou em processo de turbulência... Naquele chacoalhar ele repete a frase:

- Eu preferia pegar uma onça pelo rabo do que este vôo... Se eu soubesse que ia ser assim eu não teria comido. Pense na buraqueira aqui no céu?

Finalizado a turbulência, ele decidi ir ao banheiro... E ao entrar no banheiro, escuto o barulho de emergência o que deixa todos em pânico. Ele chega do meu lado e diz:

-Meu filho... esse negócio de avião é complicado, apertei um botão naquele banheiro e apareceu um barulho que parecia uma panela de pressão com feijão, aperto outro botão saia uma água não sei de onde, então encontro uma luzinha vermelha e penso: este deve ser o interruptor, aperto e a aeromoça me chega perguntando se eu estava passando bem e eu digo: bem? eu estou ótimo agora este banheiro parece que não quer me deixar mijar... Agora não consigo mais fazer nada naquele banheiro...

Depois de um momento ele grita em voz alta:

- Arriégua, fudeu... Fudeu... Vamos morrer tudo...

Já estávamos em um vôo tenso, pois o avião era suspeito e o susto da turbulência com o alarme de emergência do banheiro havia deixado todos apreensivos.

Eu então olho aquilo e digo: calma Sr. Está tudo ok... E eis que o avião começa a chacoalhar e ele repete...

- Arriégua, fudeu... Fudeu... Vamos morrer tudo...

Eu novamente peço calma e ele aponta, dizendo: olha como está aquela égua?

A aeromoça estava naquela posição que ela recomenda a todos nós no vôo... Cabeça baixa entre as pernas.

Eu olho e penso cá comigo...

- Eu preferia pegar uma onça pelo rabo do que este vôo.

A turbulência passa e o comandante anuncia o pouso... Nos acalmamos e eis que meu companheiro de vôo diz:

- Rapaz, esse negócio de vôo até que é bom. Na próxima vez eu venho de avião de novo.

Até hoje me lembro da onça quando estou em vôo, afinal é nessas horas que temos certeza que temos muito a viver.

sábado, 12 de outubro de 2013

Uma noite amena no Piauí.

Em mais uma das minhas saudosas viagens conheci o espetacular estado do Piauí. Minha primeira incursão no local tinha sido de passagem e no abrir da porta do avião, já havia sentido na pele o que ele guardava a qualquer humano: Calor, mas muito calor. Dizem que um padeiro que viveu a vida inteira neste estado brasileiro, foi ao inferno e desafiou ao cão quem suportava mais calor. Enfim, minha viagem ao caloroso Piauí, me fez valorizar as coisas pequenas da vida. Se passou mais ou menos assim:

Tratava-se de uma viagem longa e que exigia, ao anoitecer, uma parada estratégica em um lugar que não ligava nada a coisa alguma. Paramos no lugarejo e procuramos um local para ficar. Tínhamos certeza que nada de luxuoso nos aguardava e assim procuramos, sem muita pretensão, um cafofo com o mínimo de conforto e lá encontramos. Pegamos um quarto individual cada e, cansado como estávamos, não titubeamos, fomos tomar aquele banho e descansar.

Chego ao meu quarto e a primeira experiência foi o chuveiro. Abri o registro na intensão de espantar o calor e sinto que com a temperatura da água isso não aconteceria. Parecia que a água vinha de uma fonte inesgotável de vapor, não esfriava nunca. E olhe que não era um chuveiro elétrico. Tratava-se, talvez, da maior invenção da humanidade, pois não precisava de nenhum princípio da termodinâmica para conservar o calor. 
Naquele momento, raciocinei um pouco e me lembrei de uma amiga que disse que ao morar no Piauí utilizava, para tomar banho, uma lata de leite ninho furada ao fundo com gelo dentro e então tive a certeza que ela não era doida quando me contou aquilo, mas sim, muito da sabida. Imitei a amiga e me senti mais confortável naquele local, embora, depois do banho de chuveiro com uma latinha de leite de ninho furada no fundo e cheia de gelo dentro, sai do banheiro quase tento um choque térmico, mas nessa hora tive a sadia ideia de ligar o ventilador. 

Eis que me deparo com a segunda situação, o ventilador era adaptado ao Piauí: ligado no mínimo eu podia contar de um a seis para o ventilador dar a primeira volta. Era um equipamento com um regulador de velocidade contínuo, entretanto, dada a situação de inércia do bicho, modifiquei para o máximo e observei que o máximo se equiparava a um helicóptero em pleno vôo. Tentei ajustar, mas tudo em vão... De duas uma: ou desligava, ou tentava dormir com o barulho do helicóptero no meu ouvido. Desligo o bicho e vou dar uma volta para me refrescar e me deparo com toda a equipe de viagem sentada do lado de fora conversando miolo de pote, pois se encontravam na mesma situação. Aproveito o ensejo e entro na conversa. Passamos algumas horas tentando curtir o momento, porque entrar no quarto só com muito, mas muito cansaço... Dormir ali sem ventilador só quando fosse para capotar o que aconteceu entorno de 10h da noite.

Entro no quarto, parto para a dormida... Cansado como estava não sentia nada, apenas sono. E eis que vem a última situação... Quem morou no nordeste sabe da máxima: calor vem seguido de chuva ou de muriçoca e para aquele local a primeira opção quase nunca acontecia... Além disso, no Piaui os danados dos pernilongos também têm que se refrescar e como nosso sangue tem temperatura mais amena do que o Piauí, então, é do nosso sangue que eles gostam mais... Acordo às 3h mais ou menos e me deparo com o lençol cheio de sangue: pensei cá comigo: Eu menstruei? Olho para o teto e aquela ruma de muriçoca me incitava a uma guerra... Pensei um pouco e disse: para acabar com elas tem que ter uma estratégia de guerra e talvez por isso o ventilador com velocidade de um helicóptero. Ligo o mesmo e descubro porque da sua voracidade, pois afinal tudo tem um porque. 


Cansado como estava, me incomodei inicialmente com o ventilador, mas era melhor do que me senti um prato apetitoso de muriçocas. Às 4h consigo dormir, mas eis que batem no quarto às 6h me dizendo para retornarmos a viagem. Levanto-me e procuro o caminho do banheiro com a certeza que eu sou é "azalado" mesmo e que de bom mesmo é minha casinha lá no Ceará mesmo com aquela quentura, afinal até então o máximo que eu senti foi um mormaço comparado aquele local inesperado na viagem...

sábado, 5 de outubro de 2013

Mas que sonho ruim...

Meus amigos, oh sonho ruim o que o zelador do prédio me relatou...
Mas foi tão ruim este sonho que me deu uma agonia de pensar nisso acontecendo comigo.
Um sonho sem jeito!!!
Sonho dos cãos...
Não tenho nem coragem de contar esse sonho...

PENNNNNNSE num sonho ruim!!!

O Zelador disse que acordou com o coração palpitando agalopado, um nervosismo sem igual, uma vontade de correr no oco do mundo, tudo por conta desse sonho.

PENNNNNNSE num sonho ruim!!!

Meus amigos, não queiram ter um sonho ruim desse tanto não...

PENNNNNNSE num sonho ruim!!!

O cara disse que tinha sonhado que a mulher dele não queria mais e quando ele foi procurá-la na casa da sua sogra ela batia "de cunforça" na cara dele...

PENNNNNNSE num sonho ruim!!!

Ai, quando ele acordou, olhou pro lado, viu sua mulher, suspirou forte e rezou agradecendo a Deus que era só um sono.

Não quero essa desgraça para ninguém nesse mundo.

Mas PENNNNNNSE num sonho ruim!!!

Isola, vai de reto, desconjuro para que nunca aconteça um sonho desse comigo...