Pesquisar este blog

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Hoje, no caminho para o trabalho, observei.


Observei que ainda existem árvores em Fortaleza;
Observei que o vento ainda faz elas dançarem;
e
Observei que as árvores da minha infância ainda estão lá.
Tinham mangueiras ou "pés de manga", "saputiseiros", coqueiros, "pés de cajás", e outros mais. Entretanto...
Observei uma que me fez pensar muito nos anos que se passam.
Observei uma enorme "castanhola".
Castanhola quando velha tem um troco robusto, fornece um fruto que é comestível e em sua semente há uma amêndoa que pode ser comido ao quebrar a casca. Além da sombra e do fruto o "pé de castanhola" possui um morador que aterroriza aos meninos, o besouro potô, pois ele apresenta um odor característico que elimina possívelmente por urina para se defender dos meninos que circundam a sua residência.
De qualquer forma. Observar a castanhola lembrei:
Que na infância comíamos frutos desta árvore, suas amêndoas e a usávamos como referência de brincadeiras e para encontros e conversas acaloradas sobre assombrações e outras coisas mais.
Que saudade de sentar ao tronco de uma castanhola, curtir o calor cearense, conversar com Neto sola, Edson Animal, Cleiton Oi de Girassol, Alisson Nariz de Chuchu, Leandro, Adriano Bocão e outros... Talvez brincaríamos de bandeirinha, talvez de cuscuz, mas ao final iríamos para casa felizes e sujos sabendo que a castanhola estaria lá nos aguardando no outro dia.
Agora sei, ela está lá... Ainda tem castanholas na minha Fortaleza!

Nenhum comentário:

Postar um comentário