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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

São João, o Bebo chato e o Rivotril

No interior do Nordeste há muitas "marmotas"!

Uma tia me relatou uma recente que repasso nesse post. 

O fato se passou em um interior remoto do Nordeste em época de São João. No lugarejo da história havia um casal em que o marido bebia até cair, mas enquanto não caía, fazia um alvoroço só... Botava um boneco amuado.

A esposo do indivíduo, doida para dar uma voltinha na praça, conversou com sua irmã que o "Zé" não dava para ir ver as festanças de São João, porque ou elas olhavam para ele ou olhavam para a festa, assim, com sua ida, elas provavelmente ou perderiam as apresentações ou aumentariam a raiva daquele bebo chato.

A irmã do "Zé", esperta igual um tatu na loca quando botam um fojo para pegá-lo, disse: tenho a solução minha cunha!!!

Vamos dar um remédio ali que me passaram para dormir. É um tal de Rivotril, vamos dissolver uns dois comprimidos e colocar na cachaça dele que ele dormirá um bom tempo e nós poderemos ir tranquilo as festanças.

Assim as duas fizeram e foram a festa, não contavam elas que o bebum passaria uns dois dias dormindo...

A mãe dele chegou e disse: mataram meu fi!!! Como vou fazer sem ele?

Elas olharam e disseram: tá mordo não... Tá vendo, não tá respirando? Está só dormindo.

O tempo passou e quando o danado acordou lembrou logo da festa e disse: vamos para a pracinha ver as festanças?

A mulher e a irmã de pronto responderam: home, você dormiu uns dois dias, acho que estava cansado demais, já passou as festanças.

O homem puto da vida, mas não desconfiando de nada finalizou a história com a tirada: Égua da cachaça braba! Acho que foi a mistura dela com o suco de maracujá que bebi na hora do almoço que não caiu bem com a cachaça... Vou tomar mais cuidado, da próxima vez não bebo mais o suco de maracujá.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Onde estão as Bilas?

Procuro meninos brincando de bila em todos os lugares,  mas não os acho.  O que isso representa? Posso inferir algumas coisas:  elas não são mais fabricadas;  acabaram as bilas na cidade;  acabaram-se as bodegas; etc. Enfim uns sem números de possibilidades.

Infelizmente, só encontro uma relação causal: os meninos não usam mais as ruas.

Explico-me melhor. Há um bom tempo as crianças utilizavam a rua para práticas de brincadeira e de atividades lúdicas: Pião,  triângulo,  carimba, remã-remã,  esconde-esconde,  bandeirinha,  e, entre outros, o jogo de bila.  Essas atividades tinham períodos de prática: inverno, verão, noturno, diurno, etc. No período de chuva muitos meninos brincavam de bila, não os vejo mais.

A budega do cumpadinho  no mesmo canto,  exibe peões, raias, e pasmem: bilas, logo, ainda existem bodegas que vendem bilas, a menos que as exibidas no cumpadinho sejam as últimas fabricadas: existem fábricas de bilas e felizmente, há bilas na cidade. Entretanto, meninos não as usam mais, pois, como diria minha filha elas são chatas.

Brincar na rua com uma esfera de vidro não tem glamour, ficar em casa assistindo a um filme ou um desenho é mais "sociável", afinal os coleguinhas do colégio fazem o mesmo. Além disso, brincar na rua parece super perigoso, logo país, que brincaram de bila, têm medo que seus filhos brinquem de bila.

Enfim meninos não usam mais as ruas.