Pesquisar este blog

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Coisa de idoso.

Dizem que quando nós envelhecemos passamos a nos comportar como crianças. Ainda não cheguei a dita terceira idade, mas nos últimos anos convivi com pessoas mais velhas e que deixaram bons ensinamentos e histórias que vez por outra me fazem sorrir sozinho. Sendo assim, compartilho com os amigos o sentimento de pureza da velhice que vi. Sem maldade eles acabam dizendo coisas que parecem atos infantis para pessoas tão antigas.

O primeiro desses causos que me fazem rir se passou entre uma mãe e uma filha. A filha, já de idade, tomando seus comprimidos diários faz a mãe ficar curiosa com a quantidade de comprimidos e então sua mãe inicia o diálogo, detalhe, ela perdia a memória as vezes:

Mãe: Você toma muitos comprimidos em?
Filha: alguns.
Mãe: São para quê?
Filha: são para eu ficar bonita.


Eis que a mãe dela solta ingenuamente, provavelmente esquecendo quem era...


Então você vai é falir!!!

A filha não teve o que falar e aceitou sem reclamar a frase.

O segundo caso foi uma conversa entre meu avô e minha mãe, comentando sobre meu estudo de doutorado. Devo salientar que meu avô veio do interior do Ceará e havia estudo se muito, alguns meses e havia aprendido nos estudos dele a ler, escrever, fazer as quatro operações, regra de três e prova dos nove com uma professora particular. Então o diálogo deles se desenvolveu assim:

meu avô: menina o Gil não aprende fácil não? (nessa época eu estava fazendo doutorado e já tinha uns 30 anos e meu avô já beirava seus 85 anos)
minha mãe: porque pai?
meu avô: porque eu estudei pouquinho e sei ler e fazer carta, faço conta, negocio e tudo e esse menino enfurnado com os livros? Será que ele não aprendeu a ler e nem fazer conta não?
minha mãe explica a ele o que eu estava fazendo e ele diz.

Arre égua, o mundo mudou mesmo, pra se ganhar dinheiro precisa disso tudo?

Pra ganhar dinheiro eu não sei, mas eu sei que eu estava estudando.

O terceiro causo foi entre minha avó e sua filha, falando sobre novelas. Ressalto que minha avó tem experiência nesse tema, pois já faz uns 60 anos que ela as assisti todos os dias e se diverte pra caramba, embora agora ela esteja meio insatisfeita com as maldades gratuitas e o grau de putaria que tem na telinha.

minha avó assistindo a novela disse: Essa égua da novela é muito má...
minha tia diz: mas mãe se não tiver gente má a novela não tem emoção.
minha avó: Eu lá quero saber de emoção? se eu pego essa bixa na rua eu dou uma surra nela para ela deixar de fazer essas maldades.
minha tia: mãe é de mentira e elas estão sendo pagas por isso.
minha avó: Se eu fosse ela eu não aceitaria esse tipo de papel... Isso não vale dinheiro no mundo...
minha tia: mas mãe a novela acaba próxima semana.
minha avó: E o que é que tem? uma vez má, sempre má... Eu vou escrever uma carta para a escritora dessa novela. Ela está acaraiando tudo.
minha tia: A senhora é quem sabe.
minha avó: Qual será a próxima novela em? Espero que não tenha gente má assim.

Acompanhei o resto da novela por curiosidade e conclui: minha avó tinha razão, embora entretida com a novela, não tinha dinheiro no mundo que pagasse aquele papel...




Quebrando preconceitos.

Um dia eu estava em uma região inóspita da floresta amazônica e me toquei: somos todos iguais...

Vi uma pessoa de cor branca com dois filhos andando na floresta. Ela estava lá a trabalho e caminhando pelas ruas da cidadezinha eis que uma de suas crianças encontrou um índio e surpreso, o menino sempre havia morado em cidades e para ele índio era coisa de história do Brasil, disse:

Mamãe... mamãe... um índio...

Eis que o pequeno índio que estava com sua mãe olhou nos olhos do menino branco, cherou, circundou o menino e observou todas as diferenças que os separavam, afinal o indiozinho não via um menino branco todos os dias, então naturalmente ele disse:


Mãe...UM BRANCO!!!

domingo, 11 de agosto de 2013

Meu Jabuti I.

Jabuti é um animal da fauna brasileira peculiar por sua habilidade de subir em árvores com o auxílio de seus semelhantes. O bichinho não tem unha, suas patas não possuem dedos e ele não tem calda, entretanto, o bicho é hábil na escalada, embora não tão ágil nas tarefas diárias. Poderia dizer que o bicho tem alguma dessas tantas inteligências que inventaram recentemente.

Tenho várias estórias desses bichinhos. Uma destas estórias envolve um momento da minha vida muito estressante, precisava eu de um documento urgente e designei a atividade de buscar o documento ao Jabuti I, este desceu de sua árvore rosnando, afinal, embora não aparentem serem agressivos os bichinhos são cheio de razão. O Jabuti indicou que a atividade era muito complexa e iria demorar um tempo.

Eu disse:

Dr. Jabuti I, mas como é urgente e eu tenho outras demandas você terá que fazer, não tem como eu ir.
Ele me respondeu o seguinte:

Tá bem Senhor. Você está mandando! Lembre-se que você me deve este favor, afinal, levará muito tempo de eu sair do sexto andar ir ao sétimo, pegar o documento, assinar o protocolo, o que exigirá mais responsabilidade e retornar a sua mesa e te entregar o papel. Além disso, eu tenho outros afazeres na minha árvore, pois tem muita música para escutar e hoje terei que sair mais cedo porque é sexta-feira. Ok?


Obviamente não tenho como discordar do Jabuti I, pois um bicho que gasta tanta energia escalando árvores não pode se dar ao trabalho de uma tarefa tão árdua.

sábado, 3 de agosto de 2013

Políticos a brasileira primeira parte.

Meus amigos parece piada, mas já vi de tudo nesse mundo. Dessas coisas algumas me deixam feliz e triste, sendo a mais notória delas, ver políticos serem eleitos com voto de pessoas mais inteligentes do que eles, pois não acredito que as pessoas não possuam noção da realidade e da merda que fizeram ao votar em candidatos que são atores principais nas seguintes situações:

1.    O primeiro caso que vou relatar se passou em uma localidade do meu brasilzão... Um candidato que se intitulava o justiceiro mor da sociedade, que solucionaria todos os problemas da localidade metendo a chibata em todo mundo vai fazer comício no bairro mais perigoso da cidade, e em meio aquela ruma de pessoas, e que chuto teria entorno de 99% de meliantes, eis que ele solta a máxima do seu discurso:

“se eleito for irei acabar com todos os vagabundos desse bairro”.
Pensei eu: você deve estar dizendo que irá acabar com o bairro, não? Como você irá ser eleito assim?

2.       O mesmo candidato do primeiro caso foi secretario de segurança de uma localidade e em meio a assaltos constantes aos ônibus, encheu uma condução com 40 policiais rodando dia e noite para ver se alguém se atrevia a roubar o coletivo. No final pegaram os meliantes depois de 2 meses de operação embarcada no busão... PENSE NA ESTRATÉGIA!

3.       Em outra localidade do estado que moro teve um prefeito que em meio a sua campanha de reeleição esbravejou que havia feito 33 obras na cidade, sendo elas 32 quebra molas e uma pracinha... Vocês acham que ele foi reeleito?

4.       Outro caso notório foi à campanha de um prefeito que disse que se eleito fosse iria construir o maior complexo de viadutos da América Latina, possivelmente do universo. Acho que é por ai que se faz coisa boa...

5.       Conheci outro que após assumir a gestão de uma localidade decidiu fazer um plano de limpeza urbana na cidade e como não tinha aterro sanitário na localidade despejou o lixo no rio mais próximo da cidade, pois assim o lixo seria transportado naturalmente para o mar e como o mar é grande, então não seria grande o problema... Esse entende de externalidades.


6.       Para terminar estes primeiros casos, lembrei-me da descoberta do primeiro caso da lavagem de votos eletrônicos. Ocorreu em uma cidade do Nordeste e foi descoberto em virtude da seca. Em um grande período de estiagem o açude da localidade secou e quando menos esperavam apareceu um conjunto de urnas que havia sumido na eleição passada... A INDÚSTRIA DA SECA SERVE PARA OS DOIS LADOS...