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sábado, 23 de novembro de 2013

Entrando em um país estrangeiro

Me ausentei uma semana de meus contos em função de atividades que consumiram meu final de semana. Retomando as estórias relatarei a passagem de um pai de um amigo de um amigo meu e sua entrada no Reino Unido. Esta situação me comprovou que a genialidade das pessoas está na atitude simples. A parada foi mais ou menos assim:

O pai do rapaz entra na migração e o policial, cabreiro que só um gato com uma gata no cio, revista inteiramente o senhor.

O senhor meio constrangido aceitou aquilo, mas eis que o policial solta aquele conjunto de questionamentos típicos dos guardas ingleses:

1. Porque o senhor vem pra aqui?

Resposta: Turismo.

2. Tem dinheiro suficiente para ficar aqui?

Resposta: tenho.

3. Tem parentes habitando aqui?

Resposta: sim, meu filho está estudando na universidade X, fazendo doutorado.

Assim foi...

Lá pelas tantas, já tendo repetido as mesmas perguntas várias vezes para ver se o Sr. não contradizia nada, então o policial faz a pergunta chave:

Questão n. O senhor pretende ficar por aqui quanto tempo?

Resposta: uma semana.

Questão n+1 (gota d'água para o senhor que se encontrava estressado) Só uma semana?

Resposta sensacional do senhor: Bem dr. depende... SE EU NÃO GOSTAR DESSA MERDA POSSO IR EMBORA AMANHÃ.

Nessa hora o policial olha para o senhor e diz:

Está bem, pode entrar...



domingo, 10 de novembro de 2013

Não esquentes com nada nesta vida...

Sempre a vida nos dá grandes lições. A da história que contarei é uma lição de como não devemos esquentar com pouca coisa, ou como diria o saudoso comediante Espanta: "não vamos esquentar o cu com rola fina"...

Enfim, eu, na minha eterna sorte que me faz mover dia a dia, fui várias vezes demitido, mas em uma situação a demissão ao invés de servir para eu ir para trás me propiciou uma experiência sensacional e digna de compartilhar com os amigos. Foi assim:

Chego no trabalho recebo a notícia:
Meu chefe: -Dr. sabe como é, corte de verbas e tal, você foi cortado.
Eu respondo: fazer o que? me contento com a situação, me despeço dos amigos e sigo para fora do trabalho.

Naquele momento decidi procurar o que fazer, me ocupar, então me encaminho ao centro da cidade de Fortaleza para resolver uns problemas de documentação ainda pendentes. Solucionado tudo que eu tinha por fazer, me aprochego a um banco na praça do Ferreira e reverencio a paisagem bucólica de minha cidade e eis que uma linda garota senta ao meu lado para fazer uma pesquisa. Como não tinha mais o que fazer, aceito o convite, afinal poderia até rolar algo a mais. Entretanto a menina era bastante profissional e iniciou e terminou a pesquisa sem deixar brecha para gaiatisses a não ser a estranheza das perguntas que sempre remetiam a uma boa cervejinha...

Finalizada a pesquisa ela solta a máxima:

Vamos subir?

Eu pensei cá comigo, como? Eu num fiz nada e ela está me queixando?

Então ela me esclarece que era para a parte prática da pesquisa...

Sem problemas digo eu e então subimos juntos no prédio em frente.

Chegando ao andar desejado, iniciamos a parte prática: tomar cerveja para entender meus gostos.

Fico felicíssimo e então iniciamos, bebo cerveja marrom, rocha, rosa, amarela, de tudo quanto é jeito... O tira gosto não era lá essas bagaça toda (cream cracker), mas melado como fiquei, não tinha do que reclamar...

Entre uma cerveja e uma cream cracker, sempre a mesma pergunta: te agrada?

Eu pensava cá comigo: Bota outra.

Terminada a degustação, melado que só espinhaço de pãozinho doce, recebo uma ligação do meu chefe. Veio a cabeça pra atender e mandá-lo pra casa do chico, mas não o fiz.

Atendo e ele fala: Dr. conseguimos realocar verbas e você está readmitido.
Eu então penso cá comigo: vou comemorar... Mas como? Já estou melado pra caramba... Resta a máxima:

Não vamos esquentar com pouca coisa...

sábado, 2 de novembro de 2013

Políticos a brasileira segunda parte

Embora longe do período eleitoral e não sendo objeto de minhas "estórias" relatar a presteza de nossos políticos, me imbuí da condição de relator de "picaretissis" a la brasileira e agora sequencio o post Políticos a brasileira primeira parte com uma segunda parte. As "estórias" parecem uma coleção de fatos passados por Odorico Paraguaçu nos textos escritos por Dias Gomes, mas não o são. Outras partes, fora esta segunda, seguirão, pois de uma coisa é certa, nossos políticos são o que há de mais tosco e geram e gerarão infinitos fatos dignos de relatos a la comédia pastelão. Vejam só estes:

1. Passando em uma cidade interiorana brasileira me deparo com um megafone anunciando o maior feito daquela cidade. O senhor prefeito iria inaugurar um semáforo (sinal ou sinaleira como popularmente é conhecido). Pensei cá comigo: "esse sinal deve ser poderoso"... Me preparei todo para ver o evento, talvez o mais importante daquele ano na cidade. Eis que às 17h30 inicia o processo: banda marcial e tudo... Então a inauguração se dá em um procedimento sui generis... Primeiro acende a luz vermelha, todos atônitos e a banda toca a Quinta Sinfonia de Beethoven (escutem no link para ver a dramatização), na segunda parte acende a luz amarela e eis que inicia A Primavera de Brahms (escutem no link para ver a dramatização) e por fim, acende-se a luz verde e surge o auge Brasileirinho (escutem no link para ver a dramatização)... O reportório não foi muito ortodoxo, mas com certeza serviu para animar o público, que embora sem entender muito bem para que aquela "frescura", aplaudiu ao final. Então, do meu lado, um menino de mais ou menos uns 13 anos me diz: porque não colocaram o Forró do risca faca (escutem no link para ver a dramatização), fiquei sem argumento e decidi me retirar... Acho que o prefeito não se reelegeu...

2. Em outra cidade encontrei um prefeito inaugurando um telefone público... Desta vez não foi com banda, acho que este prefeito entendia melhor do seu eleitorado... No meio da praça onde o telefone seria inaugurado eis que ele colocou uma banda que tocou Mudança das Capitais... Achei sensacional a música e eis que o cidadão do lado diz: Dr. esse é um prefeito "arrombado" mesmo só faz festão... Não voltei a cidade, mas tenho certeza que aquele prefeito foi reeleito e elege quem quiser...

3. Uma viagem que fiz para outro rincão do Brasil passei um calor desgraçado, não como o que passei em Teresina (veja o Post Uma noite amena no Piauí) e para me refrescar vou a pracinha da cidade. Chego a praça e noto a praça impecável limpa e bem conservada, concluo que a administração pública é excelente, afinal não se vê praças mantidas em qualquer local. Então procuro um canto com sombra para me sentar e me deparo com a situação bizarra: não existiam árvores na praça... Procuro um outro local para ir e vejo um bar que tem uma coberta e sento no bar, peço uma cerva e inicio uma conversa com um cidadão da cidade que diz: eita prefeito arretado esse daqui, tirou as árvores todas da praça, assim ele evita que tenham folhas e ai fica sempre limpo, então eu complemento, com esta estratégia também ele não precisa manter a praça, pois ninguém sentará nos bancos nem andará na praça... O caba diz, pois é só dá para sentar ai lá para as 9h da noite, quando vem um ventinho lá de Fortaleza, detalhe Fortaleza fica a 400 km da cidade... Eita que estratégia administrativa da porra, tomara que não pegue.

4. Para finalizar, me reuni com pessoas de uma comunidade e chega o secretario de transportes da cidade que reclama que estão querendo fazer um projeto de transporte entre municípios vizinhos, mas que 90% da demanda é de sua cidade e então ele solta a pérola: se eu tenho 90% da demanda, então eu devo mandar em 90% do projeto...Pensei cá comigo, a lógica está certa (para ele) o problema é que 90% da infraestrutura do projeto não aconteceria na sua cidade que era a menor, embora a mais adensada, ou seja, os outros pagam a conta e eu ganho a grana da receita... 

Mas como diz um amigo: doido não é quem come merda e rasga dinheiro, mas sim quem come merda dos outros e rasga dinheiro dele, porque comer a própria merda e rasgar dinheiro dos outros não é sinônimo de loucura... Depois dessa, desconfio que nossos políticos não são muito doidos...