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domingo, 1 de setembro de 2013

Pedagogia Infantil

A criatividade humana é sensacional e quando se trata de educar ou de fazer o bem para os nossos bruguelinhos, então nos viramos de formas inusitadas. Algumas que nem imaginamos ser possível.  Destaco aqui algumas:

A primeira remonta minha adolescência. Ao sair para a escola à vizinha me chama para eu ajudar ela a trocar o gás da sua cozinha. No caminho, da porta de entrada a cozinha, a mulher me relatava que passou um sufoco grande para dar de comer, naquela madrugada, ao seu menino de pouco mais de seis meses, pois havia acabado o gás no meio do preparo do leite. Detalhe à época não era comum às famílias possuírem um micro-ondas em casa. Fiquei calado e fui até a cozinha carregando aquele botijão de 13 kg. Chegando lá me deparo com um artefato a la Macgyver. Quem não conhece o Macgyver, recomendo ver algum episódio da série famosa que nos envolvia de criatividade no final da década de 80 e início da de 90, onde um homem chamado Macgyver fazia uma bomba atômica com uma pilha de rádio e dois chicletes usados, fazendo a ligação com alguns clipes.

Bem retornando ao aparato que vi na cozinha da minha vizinha, peço que vocês leitores imaginem o que fariam para preparar o leite ao seu bruguelinho em uma madrugada depois que gás acabasse: opção a. faz um fogo com papeis; opção b. dá o leite frio mesmo; opção c. acorda o vizinho e pede para fazer o leite no vizinho; opção d. pega o ferro de passar roupas, viram de cabeça para baixo e colocam a leiteira em cima.
Pois bem senhores me deparei com a opção d. e a vizinha me relatou como fez. Fiquei boquiaberto, pois ela teve um momento de genialidade e de perigo, mas quem acha que não devemos nos arriscar alguma vez na vida e por nosso bruguelinho tudo. Nê não?

A segunda história é familiar se passou entre minha mãe, minha avó e meu sobrinho. É mais recente e tem relação com um super-herói famoso. Meu sobrinho, à época com uns quatro anos, assistiu ao primeiro filme do Homem-Aranha e ficou perplexo e alucinado pelo filme. Em meio ao afã do dia decidiu pular do sobrado onde morava.

Minha mãe corre em socorro ao menino e tentou explicar de forma pedagógica, para que o menino não perdesse a magia da infância e também entendesse que poderia se arrebentar pulando dali, pois se o Homem-Aranha não o salvasse então adeus mundo cruel. Bem, minha mãe pediu pacientemente ao menino que pegasse um ovo na geladeira e disse a ele que jogasse o ovo de onde ele iria pular. O menino assim o fez e ao olhar para o ovo, perplexo, disse: vovó, se o Homem-Aranha não me salvar eu fico do jeito que o ovo ficou? Minha mãe explica que sim e tal...

Mas eis que minha avó, mãe de minha mãe chega vê aquela arrumação no chão, o ovo todo espatifado e diz: mulher tu é muito sem noção, fez o menino estragar um ovo por conta dessa besteira, devia ter colocado esse menino de castigo para ele não andar mais fazendo essas doideiras.


Eita que a pedagogia na família segue dois extremos a da repressão ou a do diálogo.

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